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o abraço que nunca se desfez.

Por enrico pierro

      talvez ele não tenha sido o primeiro a me ver ou a me segurar, mas assim que seus braços me envolveram, nunca mais me largaram. não no sentido físico, mas no acolhimento, na segurança que ele me proporcionou. sempre tive o privilégio de encontrar em seu abraço, meu refúgio. quando eu estava ali, protegido e amado, nada poderia ser tão ruim. seu abraço era o meu lar.

      ter um pai como o meu é saber que, mesmo com o tempo nublado lá fora, haverá sempre um sol dentro de casa, irradiado pelo sorriso dele quando me vê e pergunta: "tudo bem, filhão? como você está?" não era apenas uma pergunta de cortesia, era a preocupação verdadeira de alguém que se importa com o outro de forma genuína.

      ter um pai como o meu é lembrar que, por trás das nuvens, as noites continuam estreladas. é saber que alguém sempre lutará pela sua felicidade, mesmo que, por vezes, isso signifique sacrificar a própria. é sentir-se importante, é ter certeza de que alguém se importa com você.

       ter um pai como o meu é acordar e perceber que existe um amor tão imenso, que transborda. ele sempre enchia meu copo, meio vazio ou meio cheio, mas nunca deixava faltar. com ele, me senti o dono do mundo, seja em mauá, são paulo ou até paris. não importava o lugar, porque com ele eu sabia que estava seguro e em casa.

      ter um pai como o meu é aprender a levantar após uma queda, a pedir desculpas com humildade, a olhar o outro com carinho, a viver para fazer o bem. ele foi meu exemplo, em todos os sentidos. foram tantos anos de amor ao próximo, de trabalho abnegado, que aprendi com ele que um sorriso e a realização de um desejo não têm preço.

        ter um pai como o meu é saber que errar é humano e pedir desculpas é uma lição de humildade. é sorrir diante dos tropeços da vida, seja fechando a porta do carro no dedo, tropeçando na escada, ou até quebrando os óculos enquanto passeava com os cachorros. ele sabia rir da vida, mesmo diante das adversidades.

      não há palavras que possam descrever sua força, sua serenidade em meio ao caos, seu raciocínio sempre rápido, sua habilidade única de curar tanto o corpo quanto a alma. e ele sempre me mostrou que, em momentos de dificuldade, as ações falam mais alto que qualquer palavra.

       hoje, ao olhar para trás, percebo a imensidão do orgulho que sinto por ter tido um pai como ele. não há como mensurar o que vivi ao seu lado, o que aprendi com ele, o que ele me ensinou sobre ser um ser humano melhor. você foi meu tutor quando criança, meu líder na adolescência e meu maior exemplo como adulto. você foi tudo para mim, e sempre será.

        agradeço a deus por ter compartilhado minha vida com você. foram tantos momentos, tantas lições que, embora as palavras nunca consigam traduzir, ficarão para sempre em meu coração. agradeço por poder ter dito essas palavras enquanto você ainda estava aqui. quantas vezes temi que um de nós não chegaria tão longe, e agora, é com a saudade que celebro a sorte de ter tido você ao meu lado.

       por isso, aproveito para dizer: valorize os pais enquanto os tem, pois o tempo é implacável. não espere para expressar sua gratidão ou para dizer "eu te amo". a vida é curta demais para deixar essas palavras para depois. eu te amo, pai, daqui até o infinito. e mesmo agora, sem você fisicamente, sei que esse amor continuará a me guiar. te amo do infinito até aqui. descanse em paz, meu eterno herói.

 

Foto de Enrico Pierroenrico pierro é Carlo Enrico C Pierro ou Enrico Pierro. Nascido na década de, quando o celular foi inventado e o videogame ainda era o Atari, escreve desde pequeno. Já quis ser cientista, astrônomo, médico, advogado, astronauta e até hoje ainda não descobriu o que quer. Virou escritor de tanto desabafar escrevendo e é autor do livro As marés do meu ser, pela editora ipê das letras. O típico nerd que tirava boas notas, mas não se comportava em aula. Filho de pais sensacionais, se desenvolveu intelectualmente na mesa de jantar, onde se sentia mais à vontade por ser um taurino nato. Come mais do que fala e fala mais do que dorme, ama quebra-cabeças e jogos de celular. Tem preguiça de andar a pé e toma ansiolítico para não tremer igual um pinscher. É feliz escrevendo.


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