É no ritmo do hip-hop, com letras marcando cada batida, seja na música, no estilo, e na forma de expressar uma história, que o projeto “Periféricos Zine”, sucesso na década de 90 em Manaus, foi relançado neste sábado, 26, no Les Artistes Café Teatro. A presença da galera underground, pulverizou de cores a cena artística da cidade com manifestações culturais urbanas como o graffiti.
Toda a movimentação em torno do fanzine - neologismo criado pela abreviação da expressão Fanatic Magazine – como exposição fotográfica e cinema, se juntaram no espaço, contribuindo com a atmosfera contracultural idealizada por Erick Dammon, autor do projeto vencedor do Edital Prêmio Manaus de Cultura Hip Hop, da Fundação Municipal de Cultura, Turismo e Eventos (Manauscult).
O ‘zine’ é voltado para a cultura do Hip Hop, incluindo eventos, entrevistas, mostras, batalhas de improvisos e rimas, entre outros. “É a continuação do projeto que começamos lá atrás", afirmou Dammon. “É evidente que a gente quer sempre ver sonhos realizados. É, de fato, esse renascimento, numa época tão propícia, que nos dá fôlego para criar ainda mais”, completou, garantindo que já existem três novas edições.
Colagens e o documentário "Bodó com Farinha", do diretor Jimmy Christian, foram exibidos durante o evento. “É sempre uma enorme oportunidade de mostrarmos nosso trabalho. Muito feliz por isso", comenta Jimmy.
Vinte e dois shapes da coleção do skatista Ulysses Marcondes, o “Boca”, também foram expostos. Entre as raridades estão peças dos anos 80, consideradas raras no meio.
Os “fanzines”, ou simplesmente, “zines”, a princípio, eram publicações independentes, geralmente produzidas por fãs de determinados temas ou subculturas (como cinema alternativo, música punk e jornalismo independente), que não tinham espaço em veículos de comunicação oficiais. Produzidos à mão, com recortes e colagens, os zines eram geralmente xerocados ou mimeografados e distribuídos, inclusive enviados para outros lugares via correios.