A deputada estadual Alessandra Campêlo (PMDB) lamentou o fim do programa Ronda no Bairro anunciado pelo Governo, mas ressaltou que que a iniciativa implantada ainda na gestão do ex-governador Omar Aziz já estava mal das pernas desde o ano passado. “Eu queria informar para o comandante da PM que ele está um pouco atrasado, estilo Rubinho Barrichello porque o Ronda no Bairro já acabou há muito tempo”, comentou Alessandra, acrescentando que toda a sociedade amazonense já sabia que o número de viaturas e pessoal eram insuficientes para a continuidade do programa.

Na sessão desta quinta-feira, 30 de junho, a parlamentar enfatizou que a Secretaria de Estado da Segurança Pública começou o ano de 2015 sem contrato de viaturas e o policiamento nas ruas ficou extremamente prejudicado. Outra crítica de Alessandra foi em relação ao efetivo de policiais militares, o que para ela já sinalizava que o programa Ronda no Bairro não funcionava na prática.

Na quarta-feira, 29, o novo comandante da PM, coronel Augusto Sérgio Farias Pereira, admitiu em entrevista à TV Amazonas que o Ronda no Bairro “foi extinto”.

“O programa Ronda no Bairro foi criado com uma escala diferenciada. Com a mudança da escala, o efetivo que ficou, ficou sem condições de a gente implementar o programa. Não foi política de governo, foi uma necessidade para adequar o efetivo a uma nova realidade”, declarou o comandante.

Segundo explicou Augusto Farias, a PM usa a escala de serviço alternada de 12 horas de trabalho por 24 horas de descanso e 12 horas de trabalho por 72 horas de descanso. Por conta dessa escala, nos dias úteis, dos 7 mil policiais da capital, apenas 600 estão em patrulhamento ostensivo. “Isso (a escala adotada) faz com que o nosso efetivo fique menor no dia a dia”, ressaltou.