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Concerto com instrumentos musicais japoneses celebra jogo olímpico
Um espetáculo que promete disseminar a cultura e as raízes japonesas por meio da música. Por Aretha Lins, Secretaria de Estado de Cultura quarta-feira, 27 de julho de 2016
Um espetáculo que promete disseminar a cultura e as raízes japonesas por meio da música, executada por instrumentos milenares. O Shamisen é um instrumento que mede em torno de um metro de comprimento e possui apenas três cordas. Para tocar é utilizado um instrumento chamado “bachi”. Ao contrário do violão, não há nenhuma marcação (casas) no braço e tudo tem que ser aprendido “de ouvido”. O Tsugaru Shamisen tem esse nome por causa da cidade onde se firmou o estilo. Conta-se que em Tsugaru, os cegos cobravam para tocar shamisen nas ruas. Era uma forma de ganhar a vida, sem dúvida, mas para cobrar tinha que tocar muito bem. E aqui surgiu um estilo mais vibrante, com batida forte do bachi sobre a madeira do shamisen. E esse estilo permite que o músico faça improvisações durante a apresentação, criando espetáculos únicos. O taikô é um instrumento de percussão, cuja superfície é confeccionada com pele de animal. É tocada com a mão ou com o uso de uma baqueta, mas sempre exige do músico a habilidade rítmica e o preparo físico para sustentar batidas homogêneas e obter som satisfatório. Todos os registros comprovam que o taiko está presente na história da música japonesa há quase 1.500 anos. O taiko é utilizado quase sempre em festividades xintoistas, mas eventos budistas também empregam o taiko. O tipo de taikô mais utilizado em apresentações no Brasil é o Chodôdaiko. São taikos feitos com tronco de madeira cavada. Geralmente medem 45 a 60 cm de diâmetro, mas podem chegam a 1,50m. Com a escassez crescente de madeiras nobres, os preços de um taiko ficaram muito elevados. Um grande chodôdaiko pode valer tanto quanto um Rolls Royce, e mesmo um de tamanho pequeno pode custar o preço de um veículo popular. Nos últimos tempos os corpos do taiko são confeccionados com uma resina de uretano, com custo mais reduzido. Yuzo Akahori e Yoohei Kaito Yuzo Akarhori é um jovem especializado nas técnicas do instrumento Shamisen e leciona na cidade de São Paulo. Na bagagem, além de realizar composições com o instrumento, participou do Concurso Nacional de Tsugaru Jyamisen, em Osaka, já deu aulas no exterior (em Lima, no Peru) e participou de concursos no Japão a convite do seu professor, o renomado Minoru Utida. Já o jovem Yoohei Kaito, é especializado no instrumento Taiko, é professor do grupo ShamiDaiko de São Paulo e é o único brasileiro a treinar com o grupo de taiko KODO, um dos maiores grupos de Tambores Japoneses do Mundo.
Fuugakazan Taiko O Fuugakazan Taiko foi criado em maio de 2009, a partir da iniciativa de Thiago Madeira, um dos membros do grupo, que sempre admirou a arte do taiko.
O grupo tem se apresentado em diversos eventos em Manaus, além de ter participado de apresentações em Boa Vista e Porto Velho. “Este incrível instrumento simboliza a voz de nossas almas. O que não conseguimos passar com palavras, passamos com a música”, diz Érica Kido Shimomoto, do Fuugakazan Taiko.
A Associação de Koto de Belém (AKB) é um grupo que permanece realizando apresentações musicais nos principais eventos culturais nipo-brasileiros, com o instrumento Koto. Iniciada em 1982, a associação tem no comando a professora de japonês e instrumentista de koto Kuniko Maruoka e se dedica a prática do instrumento com o principal intuito de participar das festividades nipo-brasileiras, com apresentações culturais que contribuem para a divulgação do instrumento na comunidade. O koto é um instrumento musical de cordas dedilhadas, composto de uma caixa de ressonância com diversas cordas, semelhante a uma grande cítara. Atualmente é o mais popular dentre os instrumentos musicais japoneses.
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