Na última terça-feira (14), três vereadores da Câmara Municipal de Manaus (CMM) tomaram a iniciativa de conversar com o governador José Melo (PROS) na tentativa de convencê-lo a manter o subsídio do combustível (ICMS) e a isenção do IPVA para os ônibus do transporte público.
O vice-prefeito de Manaus, Marcos Rotta (PMDB), diante da movimentação dos vereadores Chico Preto (PMN), Willian Abreu (PMN) e Joana D'arc Protetora dos Animais (PR), também iniciou o diálogo para tentar persuadir Melo, levando-o à reflexão quanto ao prejuízo que irá causar à economia popular caso não volte atrás no incentivo. “Pedi a ele que não dissesse "não" a um velho amigo e, juntos, vamos encontrar a melhor alternativa para que o sistema de transporte público não seja uma política de governo e sim de Estado.”, disse Rotta.
Durante a entrevista para o canal do BNC, o vice-prefeito afirmou que o subsídio “não é novo, não é desse governo e sim de governos passados”.
Para o vereador Chico Preto (PMN), a sua iniciativa e intenção com os outros parlamentares ao procurar o governador é de apresentar uma alternativa para o impasse e provocar uma posição mais incisiva da Prefeitura Municipal de Manaus (PMM) no sentido de mostrar a planilha de custos, tornando mais transparente esse contrato. “Demos o primeiro passo, mesmo não sendo prefeito, nem aliado do governo. Nosso interesse maior é melhorar a vida de quem depende dos serviços públicos", ressaltou Chico Preto.
O Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado do Amazonas (Sinetram), destaca que a suspensão da isenção do ICMS e do IPVA, gera um custo adicional de R$ 0,2403 no valor da tarifa atual, ou seja 6,77% de aumento.
O subsídio do combustível, ao contrário do que a população imagina, é uma concessão que beneficia diretamente o povo, reduzindo o valor da tarifa de ônibus. Caso a contribuição dessa concessão do dinheiro público feita pelo governo do Estado não volte, a passagem poderá subir para R$ 3,50, afetando financeiramente o trabalhador manauara.