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OAB-AM quer que verbas pagas para assessoria jurídica dos presídios
A solução para a falta de verbas para a nomeação dos classificados no último concurso da Defensoria Pública do Amazonas. Por Murã Comunicação Integrada, quarta-feira, 15 de março de 2017
A solução para a falta de verbas para a nomeação dos classificados no último concurso da Defensoria Pública do Amazonas (DPE-AM), realizado em 2013, pode estar em uma Ação Civil Pública manejada pela Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Amazonas. O presidente da entidade, Marco Aurélio Choy, também manifestou apoio às ações por mais defensores para o Amazonas. “A OAB tem uma Ação Civil Pública manejada contra o Estado e a nossa sugestão é que a assessoria jurídica, que é prestada pela empresa terceirizada, seja prestada pelos defensores públicos. Para isso os classificados no último concurso teriam que ser chamados e os recursos que eram utilizados para o pagamento desse empresa terceirizada, que entre os serviços está assessoria jurídica aos presos, sejam repassados como suplementação orçamentária à Defensoria Pública”, sugeriu.
Até o momento o Governo do Amazonas não se manifestou sobre as recomendações e reivindicações da OAB-AM definindo se irá ou não nomear mais defensores. Ao todo 57 classificados no concurso que espira em setembro de 2017 esperam a convocação. A Procuradoria da República também já admitiu que o Amazonas precisa de defensores. Porém, após o mutirão carcerário que trouxe para Manaus profissionais de outros Estados, proporcionando a liberação de centenas de presos que já faziam jus ao direito, nada mais foi dito sobre o assunto e parece que as reivindicações da população por mais defensores, caiu no esquecimento. Fernando Mestrinho presidente da Associação de Defensores Públicos do Amazonas (ADEPAM) continua reivindicando as nomeações. “Não existe sociedade justa sem a presença do defensor público com a atuação em diversas áreas, e para que esse serviço seja ainda mais efetivo, é preciso que haja um numero maior de defensores. Nós temos um déficit na defensoria. Há pessoas aprovadas e há cargos vagos e a luta continua para viabilizar essas nomeações” destacou. Apesar os debates realizados na Assembleia Legislativa, com o apoio de deputados, das recomendações da Procuradoria da República e da Ordem dos Advogados do Brasil Seção Amazonas (DPE-AM), o Governador José Melo não tem manifestado disponibilidade em nomear os classificados. A crise no sistema carcerário que explodiu nos primeiros dias de 2017 trouxe a tona a realidade cruel enfrentada pela DPE. Atualmente o órgão atua com apenas 103 defensores para atender todo o Estado porém, na maioria dos municípios a população sofre sem defensores. Apesar das notícias envolverem o sistema carcerário com centenas de presos sem defensores, àqueles que precisam de assessoria jurídica em outras áreas do direito também sofrem com a deficiência do órgão.
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