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Lancha “Projeto de Deus” sofre pane mecânica no Rio Amazonas
Aproximadamente 60 pessoas ficaram à deriva no Rio Amazonas. Por Mônica Figueiredo, terça-feira, 4 de julho de 2017
Aproximadamente 60 pessoas ficaram à deriva no Rio Amazonas, nas proximidades do município de Itacoatiara (à 260 quilômetros de Manaus), na tarde desta segunda-feira, 3/6, após a lancha “Projeto de Deus” sofrer uma pane mecânica. Os passageiros retornavam de Parintins para Manaus, após o Festival Folclórico.
De acordo com o relato de passageiros que estavam a bordo da embarcação tipo ajato, por volta de 12h, a lancha parou no porto de Itacoatiara para desembarcar passageiros e seguiu viagem. Minutos depois, outra embarcação, ao tentar ultrapassar a “Projeto de Deus”, jogou a lancha para às margens fazendo com que a embarcação atingisse os matos e galhos à beira do rio afetando a hélice do ajato.
“A tripulação tentou resolver o problema da hélice e por algumas horas ficamos parados esperando sem saber realmente o que estava acontecendo. Quase duas horas depois recolaram a palheta da lancha, achávamos que o problema tinha sido resolvido e seguimos viagem por mais alguns minutos. Mas o ajato voltou a dar problema e ficamos à deriva pela segunda vez. Agora num flutuante. Tentaram resolver e seguimos viagem por uns cinco minutos até pararmos pela terceira vez, dessa vez num local mais isolado”, relatou um dos passageiros
Na terceira parada, fumaça saindo do motor da lancha assustou os passageiros que entraram em desespero. O comandante da embarcação afirmou que o motor tinha sido afetado e que não tinha como seguir viagem e que a solução seria esperar um barco vindo de Manaus, o que deveria demorar mais 5h. Os passageiros contam ainda que os responsáveis pela embarcação se recusaram a pedir socorro e não comunicaram a Capitania dos Portos, mesmo sob pressão.
Os passageiros foram resgatados por um barco regional que passava pelo local e transportou, por volta das 20h até o distrito de Novo Remanso, onde tiveram que fretar um ônibus para chegar à Manaus, por volta às 23h.
“Cada passageiro pagou em média R$ 200 na passagem da lancha, mais 25 reais no barco que nos ajudou e mais R$ 60 pelo ônibus. Mais do que o prejuízo financeiro, tivemos uma abalo emocional. Tinham idosos e crianças na lancha, com medo e com fome, uma vez que em nenhum momento após o acidente a tripulação do ajato ofereceu nem água para os passageiros”, comentou o passageiro. A viagem que deveria durar menos de 10 horas, durou 15 horas.
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