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O mundo vai se digitalizar em cinco anos, anuncia especialista
Mais de 160 representantes de indústrias e órgão públicos participaram do evento. Por Sistema FIEAM, quinta-feira, 13 de setembro de 2018
Mais de 160 representantes de indústrias e órgão públicos participaram do evento “Desvendar 4.0”, promovido pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) ontem (12), em Manaus, na Escola SENAI Antônio Simões. O evento teve por objetivo esclarecer a inserção na indústria 4.0 para pequenos e médios empresários da indústria. “O desafio da produtividade no Brasil é grande. O SENAI pode capacitar os profissionais e prestar consultorias para, com a combinação de robôs, aplicativos e softwares, otimizar os processos produtivos da empresa”, disse o gerente geral de Tecnologia e Inovação do SENAI Amazonas, Marcelo Aguiar. Aguiar explica que se engana quem pensa que a Indústria 4.0 substituirá as pessoas na indústria. Agora, o desafio é preparar os profissionais para lidar com as novas tecnologias, com técnicas de programação e análise de dados. Explica o gerente geral que quatro passos devem ser tomados para que a empresa se atualize tecnologicamente. O primeiro é a otimizar os processos produtivos, em seguida, qualificar seus trabalhadores, empregar tecnologias disponíveis e de baixo custo, e o investir em pesquisa, desenvolvimento e informação. Micros, pequenas ou médias empresas podem procurar a sede do SENAI, localizada Avenida Rodrigo Otávio, 2394, Distrito Industrial, e solicitar consultoria para enxugar seus processos produtivos e inserir a tecnologia em suas linhas de produção. O SENAI também realiza diagnóstico gratuito do estágio tecnológico por meio do link https://senai40.com.br/avaliacao-de-maturidade/.
“Não precisamos nos desfazer de pessoas”, Leandro Bandeira
Participante do painel Inovação, no evento, o administrador e gerente de projetos da Real Bebidas da Amazônia, Leandro Bandeira, explicou que a indústria 4.0 não substitui o papel das pessoas nas empresas, mas exige profissionais mais capacitados para as novas demandas do setor. “Não precisamos nos desfazer de pessoas, mas realocá-las nas atividades que agreguem valor para a organização”, destaca o administrador. Leandro, há quatro anos na Real Bebidas, diz que a empresa só tem a agradecer pela parceria com o SENAI, e que entre 30% a 40% da força de trabalho é formada por ex-alunos dos SENAI, principalmente na área de manutenção. A empresa conta também com a equipe do SENAI para capacitação profissional de seus funcionários, na área de metalomecânica, com cursos de desenho industrial, matemática básica, entre outros, dando sempre bons resultados para a produtividade da empresa. Com objetivo de eliminar desperdícios dentro da organização, a Real Bebidas participou do Programa Brasil Mais Produtivo em 2017, e garantiu o aumento de 20% de produtividade. “O mercado está muito competitivo e, para o ramo de bebidas, é muito mais agressiva a concorrência, sendo a tomada de decisão em tempo hábil muito importante para a sobrevivência da empresa”, frisa Leandro. Além de Leandro, o painel contou com a presença de Diego Freitas, Desenvolvedor Mobile, Marcus Pelegrini, Pesquisador do ISI Amazonas, e Vitor de Souza, acadêmico de Engenharia de automação e controle. Por meio de videoconferência um dos nomes mais importantes do país em inovação e empreendedorismo, Silvio Meira, abriu a programação do “Desvendar 4.0” com a palestra “Entendendo a Indústria 4.0”. “A transformação digital é uma necessidade do novo comportamento das pessoas. Quem não estiver inserido perderá oportunidades”, disse o especialista. O especialista explica que a indústria tem que acompanhar as transformações digitais, precisa entender que quanto mais facilita a vida das pessoas, mais tempo vai permanecer no mercado. A indústria precisa fazer software não apenas para atender as necessidades de dentro da indústria, que organiza o processo de fazer coisas, mas também para fora da indústria, que façam o acompanhamento das coisas, detectando e resolvendo problemas, antes mesmo, que eles apareçam para o cliente. “As pessoas se acostumam com a modernidade e facilidade das coisas, e quando o serviço se realiza com eficiência e eficácia, o cliente retorna”, afirma, para acrescentar que, caso contrário, abandona, procurando outro lugar, outro produto, como acontece no Brasil, onde o cliente não tolera erro. De acordo com Meira, estão previstos 230 quintilhões de bytes de interações para 2021. Neste ano estamos rodando a 124 quintilhões de bytes, que é mais de 60% acima do que estava acontecendo em 2016. Do ponto de vista do mobile, estamos andando mais duas vezes e meia, mais transferência de bytes do que rodava há 12 anos, principalmente a gente interagindo com coisas e através de coisas. O palestrante lembra que em 2010 o número de interações entre pessoas conectadas era de 85. Recebia-se e-mail três vezes por hora, baixava-se uma foto, com leitura das manchetes de jornais. Estamos, hoje, realizando 300 interações por dia. “Em 2025, a gente vai chegar a 4.785 interações por dia, que é alguma coisa como um toque de mão na rede, a cada 18 segundos”, explica do especialista. O mundo vai se digitalizar nos próximos cinco anos, e o mercado de e-commerce só tende a crescer com essas mudanças. Hoje tudo já está investido, os vendedores é que vendem os espaços para os fabricantes, e não o contrário.
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