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Instabilidade Política e Eleitoral gera incertezas econômicas
Marcus Teodoro faz análise do cenário brasileiro. Por Amazon Comunic, domingo, 23 de setembro de 2018
Especialista em administração financeira, Marcus Teodoro faz análise do cenário brasileiro. E aponta que novo presidente terá que focar em reforma tributária, geração de emprego, criação de investimentos e exportação Nesse ano de 2018, o Brasil vive um cenário de incerteza política e eleitoral, na medida em que observa-se uma divisão do eleitorado nas mais recentes pesquisas de intenção de voto. E mais do que nunca, os votos declarados brancos ou nulos se destinados a algum candidato poderia resultar na definição de segundo turno para qualquer candidato. No cenário econômico, o brasileiro se pergunta, o que será do País? Alta do combustível é algo constante, e o dólar na última semana chegou a R$4,20 e apresentou a sua maior alta desde o início do plano Real. O economista, mestre em finanças e coordenador do MBA Perícia e Auditoria Econômico-Financeira do IPOG, Marcus Teodoro considera o cenário conturbado. “O brasil vem de uma recessão econômica de três anos. Com o início do governo Temer, houve uma esperança de melhora, que em prática não demostrou muito efeito. Em seguida temos o caso do dono da JBS, Joesley Batista, que em rede nacional trouxe o despertar sobre a corrupção brasileira e a operação Lava Jato. Em seguida tivemos todos os desgastes da reforma da previdência”.
Esperança que não se cumpre! O especialista em administração financeira esclarece que o mercado internacional e nacional volta os olhos para o cenário político brasileiro. E para complicar um pouco mais, os Estados Unidos vem aumentando as taxas de juros, como fortalecimento de sua economia. “O título dos americanos na poupança está pagando 2,5%, ao ano, em dólar. Enquanto no Brasil a poupança está pagando 4,2%, ao ano, em real. A diferença é que a moeda americana está em alta em relação a moeda brasileira”. O coordenador do MBA Perícia e Auditoria Econômico-Financeira do IPOG acredita que se a economia americana continuar em alta, o governo estadunidense irá aumentar mais as taxas de juros. E no Brasil teremos mais pressão econômica sobre o dólar. Mas não pense que o problema está apenas no nosso País. Preocupar com as finanças é problema de todo governo. “O dólar está na frente no mundo todo. Em relação a moeda argentina também houve recorde de alta. O mesmo aconteceu com a Turquia e com países de maior recurso externo. É um cenário de muita cautela para todos”, afirma Marcus Teodoro.
2019, onde está a esperança? Mas para 2019 a tendência do novo presidente para alavancar a economia terá que girar em torno de investimentos, geração de emprego, geração de renda, e aumento da arrecadação. “Também deveremos ter as reformas sonhadas pelo mercado, como a reforma tributária. Nossa contabilidade é muito complexa. Nas universidades gastamos muito tempo ensinando sobre ICMS. São coisas que nos Estados Unidos, por exemplo,um único funcionário faz para uma empresa com 200 funcionários”, completa Marcus Teodoro, especialista em administração financeira e professor do IPOG. Na visão de Teodoro o arranjo tributário Brasileiro é muito caro e complexo. Cada Estado possui critérios de ICMS. “Isso leva tempo e inibe investimento. Então o próximo governo terá que focar na economia e em mercado. Outro foco que o próximo presidente deverá ter para segurar o país economicamente será na segurança jurídica e econômica para que as empresas aumentem investimentos. Ainda temos muito empresário com o pé no freio com medo do que pode vir pela frente no Brasil”.
Valorização da moeda
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