Nesta quinta-feira, 8/11, os populares que forem à Galeria Espírito Santo, na rua Joaquim Sarmento, Centro, poderão conferir a 1ª Exposição Itinerante Sobre os Achados Arqueológicos da Praça da Matriz. A exposição, que teve início nesta quarta-feira, 7, retrata em sete banners, peças encontradas durante as obras de requalificação urbanística da Praça XV de Novembro, Jardins, Entorno, Escadaria e Relógio Municipal, coordenadas pela comissão especial PAC Cidades Históricas, da Prefeitura de Manaus. O evento cumpre mais uma etapa do projeto de Monitoramento Arqueológico, estabelecido pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
Nos dias 12 e 13, a exposição itinerante segue para a Galeria dos Remédios, na rua Miranda leão, Centro e no período de 19 a 23, estará no Shopping Phelippe Daou, na avenida Camapuã, Jorge Teixeira, zona Leste.
“Tudo que está no subsolo é patrimônio cultural, é arqueologia histórica. Então, se eu for remover qualquer subsolo no centro de uma cidade, eu vou estar trabalhando com arqueologia e a legislação exige o acompanhamento de arqueólogos. Esse material que sai dali, acaba contando a história daquele lugar”, explicou Almir Oliveira, coordenador técnico do PAC Cidades Históricas.
Durante as obras, foram localizadas mais de 3.500 peças entre louças, cerâmicas (tijolos e telhas), gres (espécie de cerâmica de garrafa que não é transparente), vidros e ferro (material metálico).
A microempreendedora da Galeria Espírito Santo, Ivaneide Farias, que trabalhou como camelô no centro de Manaus, por mais de 30 anos, disse desconhecer a existência desse material no subsolo da região central da capital. O olhar era de curiosidade, de quem queria entender o que conta cada banner da exposição.
“A gente que é moradora daqui, não conhece a história da nossa cidade. Hoje eu aprendi várias coisas, por exemplo, como os índios enterravam seus mortos, em urnas, por isso, gostei muito da iniciativa”, declarou a comerciante, que classificou a exposição como interessante.
Outro expectador atento era Helmut Marques, agricultor, que passava pelo Centro e resolveu entrar na Galeria, para conhecer melhor a exposição.
“Você vai descobrindo, né, o que teve no nosso passado, no passado da cidade. A arqueologia acaba contando um pouco da nossa história. A divulgação é importante para que as pessoas possam conhecer a história da cidade”, destacou o agricultor.
A exposição é composta de sete banners, que contam, desde a história da arqueologia no centro de Manaus, os achados arqueológicos durante as obras de revitalização da praça da Matriz, como se deu o monitoramento arqueológico, até o resultado preliminar do trabalho realizado.
“Não importa se as peças achadas têm 10, 100 anos ou mais. Todas elas são história, foram retiradas, limpas, catalogadas, identificadas com uma numeração e vão fazer parte de um inventário que vai ser guardado no Centro de Pesquisas Arqueológicas, para serem fonte de pesquisa”, explicou o Coordenador do PAC, referindo-se ao Laboratório de Arqueologia Alfredo Mendonça, cuja sede fica no Palacete Provincial, na praça Heliodoro Balbi, Centro.