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Como as companhias aéreas precificam as passagens ー e como tirar vantagem disso
Comprar bilhetes de viagens nos sábados à noite, por exemplo, é uma tática que sempre funciona. Por Alice Bachiega, Conversion terça-feira, 9 de abril de 2019
Comprar bilhetes de viagens nos sábados à noite, por exemplo, é uma tática que sempre funciona
Encontrar passagens aéreas promocionais para qualquer destino depende de uma complexa rede de mecanismos econômicos utilizados pelas companhias para estabelecer os preços de cada assento de um avião. São fatores concorrenciais, econométricos, financeiros e mercadológicos que interferem nos poucos minutos em que ocorre a compra de um bilhete. Outra ajuda para encontrar passagens baratas é procurá-las nas noites de sábado: as companhias aéreas colocam preços mais baixos nessas horas para desincentivar viajantes de negócios, que tendem a pagar preços mais altos porque não têm opção. Assim, quem está procurando viajar a lazer pode encontrar, de fato, tarifas mais baixas. Uma prática que se tornou comum dos viajantes ー e que já gerou um processo judicial na Alemanha ー é a chamada "cidade oculta" (skiplagging, no termo em inglês). Acontece quando passageiros compram um tíquete com escalas, mas terminam suas viagens antes do destino final. As passagens podem acabar saindo mais baratas e têm uma parada em uma cidade importante (o "hub" da companhia), onde os viajantes podem desembarcar. "Um exemplo seria pensar que uma companhia aérea tem um preço de R$ 1 mil para uma viagem sem escalas entre São Paulo e Manaus. A Azul ou a Gol não têm esse voo direto, mas poderiam reduzir o preço das passagens aos mesmos R$ 1 mil se fizessem uma conexão em Brasília", diz Gustavo Mariotto, diretor de marketing da agência de viagens ViajaNet. "A Azul ou a Gol estão tentando se manter competitivas com essa companhia aérea fictícia na rota São Paulo-Manaus oferecendo a mesma tarifa, mas com escala em Brasília", completa. No entanto, alguns passageiros que vão de São Paulo a Manaus aproveitam a parada em Brasília, cujo preço de uma viagem direta seria maior, e não embarcam para o último trecho. "É uma falha no modelo das companhias que pode ser explorada pelos passageiros", completa ele. Por fim, se a viagem for mais próxima do final do ano, vale a pena esperar por períodos especiais, como a Black Friday, quando os preços de alguns voos chegam a ter até 60% de descontos – principalmente, para destinos nacionais. No ano passado, alguns preços chamaram a atenção, como voos para a Europa por cerca de R$ 1.200 (eles custam, em média, R$ 2.500, dependendo da cidade) e para o Nordeste por R$ 600 (nos períodos de férias, uma viagem para a região pode chegar a R$ 1.500).
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