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Feiras estimulam negócios criativos em Manaus
O surgimento das feiras alternativas tem estimulado uma nova forma de economia. Por UP Comunicação Inteligente, terça-feira, 14 de maio de 2019
O surgimento das feiras alternativas tem estimulado uma nova forma de economia: a criativa. Pequenos empreendedores começam a conquistar visibilidade no mercado, justamente por meio destes eventos, que funcionam como laboratórios de tendências para áreas como gastronomia, moda e decoração. Colocar a criatividade como alavanca para a produção de valor é hoje a grande “jogada” para quem quer iniciar um negócio. O setor criativo representa 2,6% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro e teve crescimento acumulado de quase 70% nos últimos 10 anos, de acordo com o Atlas Econômico da Cultura Brasileira, divulgado em 2017 pelo Ministério da Cultura. Uma ideia na cabeça, uma habilidade especial e muita vontade de promover uma mudança positiva na sociedade é o que move, por exemplo, os mais de 80 expositores que participam da Feira da Fundação Amazonas Sustentável (FAS), um dos principais eventos do gênero em Manaus. Já nos preparativos para a 12ª edição, marcada para o dia 19 de maio, a feira gera mensalmente cerca de 30 empregos direitos e indiretos e movimenta em torno de R$ 100 mil em negócios. Mas o foco do evento não está só nos lucros: também são levados em consideração os resultados sociais, culturais e ambientais, conforme explica a coordenadora da Agenda Cidades Sustentáveis da FAS e uma das organizadoras da feira, Paula Gabriel. "Através das experiências trazidas pelos expositores, mostramos que é possível transformar saberes e talentos em modelos de negócios inovadores, rentáveis e, principalmente, com impacto positivo para o planeta", afirma. A ideia é que criatividade e lucratividade estejam alinhadas a outro conceito em alta nos últimos anos: sustentabilidade. Venda direta do produtor para o consumidor, valorização da identidade local, produção sob demanda e consumo de bens personalizados são diretrizes que impulsionam essa proposta. "É consumir menos para consumir melhor, seja conhecendo as pessoas de quem você compra ou incentivando negócios sustentáveis e com preocupação ambiental", completa Paula. Oportunidade Se no atual cenário investir em novo negócio pode parecer arriscado, a solução é empreender a partir daquilo que você tem de único. Essa foi a aposta da pedagoga aposentada Tânia Rosete Tavares Vieira, de 56 anos, ao criar a Cozinha da Rosete, empresa especializada no preparo de pratos da culinária amazônica. A empreendedora começou a fazer comida por encomenda em 2015, quando se aposentou, com o objetivo de complementar a renda. Em abril do ano passado, se inscreveu para participar da primeira edição da Feira da FAS e, desde então, observa o número de clientes crescer de forma acelerada. "A feira gerou muita visibilidade para o meu negócio. Hoje, aonde vou, as pessoas conhecem a Cozinha da Rosete. Com o aumento da clientela, passei também a realizar duas vezes por mês um almoço na minha própria casa, com cardápio diferente do que apresentamos no evento. Participam, em média, 80 pessoas. Muitas delas me conheceram através da feira", ressalta.
O evento
A Feira da FAS ocorre na sede da Fundação Amazonas Sustentável, localizada na Rua Álvaro Braga, 351, no Parque Dez. O evento possui entrada gratuita e recebe aproximadamente 2 mil visitantes a cada edição. A entrada no evento é gratuita. Os expositores são divididos em três espaços: Gastronomia, Variedades e Verde. Ao circular pela feira, o público encontra itens de artesanato, moda, design, decoração, jardinagem, artigos naturais, livros, colecionáveis, roupas, acessórios, produtos gastronômicos, orgânicos, veganos, entre outros. Além de incentivar novos negócios, a programação reúne atrações musicais, aula de yoga, sessões de massoterapia chinesa (Tui Na), aula de ritmos, prática de esportes, jogos eletrônicos e de mesa, brincadeiras e atividades lúdicas de educação ambiental para crianças, entre outras ações gratuitas.
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