Produtos provenientes apenas de vacas A2A2 oferecem naturalmente melhor digestão
A Letti, marca de varejo da Fazenda Agrindus, uma das maiores produtoras de leite fresco do país, chegou recentemente em Manaus. Os produtos foram transportados em um avião com carga específica para produtos perecíveis, climatizada a 5 graus. A princípio, a marca está presente nos supermercados Emporium Roma e Pátio Gourmet, mas a expectativa é continuar ampliando a presença para mais pontos do varejo.
Primeira a produzir, em escala, leite e derivados provenientes apenas de vacas A2A2, a Letti investiu cerca de 1,5 milhão de reais para a seleção natural do gado. Atualmente, comercializa leite, creme de leite fresco pasteurizado, iogurtes, leite fermentado e coalhadas. Todos 100% produzidos na fazenda e com o maior prazo de validade no país: até 15 dias, com a embalagem lacrada.
Segundo Taís Jank, Costumer Experience da Letti, o processo de seleção começou há cerca de dois anos e permite fazer o cruzamento correto, ou mesmo a fertilização in vitro, para que o rebanho lactante seja, até 2021, 100% composto por vacas com o gene A2A2. “Em comparação com o ano passado, a Letti registrou aumento de 66% na produção e de 93% no faturamento”, revela Taís.
Intolerância à lactose X desconforto digestivo
Realizada pela Lincoln University, Nova Zelândia, uma pesquisa científica mostrou que, ao contrário do que muitas pessoas acreditam, é possível beber leite sem sentir nenhum desconforto digestivo como náuseas, dor de estômago ou inchaço abdominal. Segundo o estudo, leite e produtos lácteos derivados de vacas com gene A2A2 estão livres da beta-caseína A1, responsável por esses sintomas. A pesquisa apontou que uma mutação genética ocorreu aproximadamente 5 mil anos atrás e “inseriu” o gene A1A1 nas vacas europeias responsáveis pela maior parte da produção de leite no Brasil.
“Comumente, esses sintomas podem ser confundidos com a intolerância à lactose, pois são bastante semelhantes. E dessa forma, os pacientes são levados ao não consumo de leite e derivados, ou até são medicados para esse tipo de patologia, quando na verdade, o que gera o desconforto é a proteína”, explica Andréa Esquivel, nutricionista clínica, consultora especializada em Nutrição & Qualidade de Vida, Alimentos Funcionais, Educação Nutricional e Gastronomia. Andréa explica que além da pesquisa na Nova Zelândia, na China, estudos mostram que o consumo do leite contendo a beta-caseína A1 pode promover inflamação intestinal e agravar os sintomas gastrointestinais agudos da intolerância ao leite.
Recentemente, a Letti foi a primeira marca a receber o selo “VACAS A2A2”, certificação que faz parte do Movimento #BEBAMAISLEITE, que tem como objetivo valorizar o leite e seus derivados frente a um mercado consumidor cada vez mais exigente. O selo indica que o leite é proveniente apenas de animais com genótipo A2A2 para a produção de beta caseína, sendo indicado para pessoas sensíveis à caseína A1.
Além disso, a Letti é a primeira empresa de laticínios no Brasil a receber o selo BDK , que certifica que todos os produtos – exceto o leite fermentado - são produzidos de acordo com as leis judaicas via instalação de câmeras que monitoram todo o processo, 24 horas por dia.
Sobre a Letti - A Letti foi lançada em 2007 pela segunda geração da família Jank, proprietária desde 1945 da Fazenda Agrindus, reconhecida como uma empresa de agropecuária familiar. Em 2018, a terceira geração da família iniciou um processo de renovação e melhoria dos canais de distribuição e marketing, em sociedade com a E2Estrategy, empresa do ex-vice-presidente de Marketing da TetraPak, Eduardo Eisler em conjunto com os filhos Einat e Amit Eisler. A marca produz leite tipo A, queijo frescal, creme de leite fresco pasteurizado, iogurtes, leite fermentado e coalhadas, entre outros produtos e também os distribui pelo e-commerce Mania de Leite.
Sobre a Agrindus - Dona do maior rebanho de vaca holandesa pura de origem registrado no Brasil, a Agrindus é uma das maiores referências em seleção genética do país. A fazenda tem hoje 1.700 vacas holandesas em fase de lactação, cuja produtividade é de 60 mil litros diários – o equivalente a 1,8 milhão ao mês ou 21,9 milhões ao ano, absolutamente naturais e muito acima da média nacional. O rebanho leiteiro vem sendo selecionado há 70 anos e as vacas são individualmente rastreadas, o que garante a origem e a qualidade dos nossos produtos.