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Conheça o Festival Folclórico de Parintins
Festa revela tradições, mitos e lendas da região Amazônica. Por Alice Bachiega, terça-feira, 18 de junho de 2019
Festa revela tradições, mitos e lendas da região Amazônica e conta com disputa de duas associações folclóricas Todo ano, na cidade de Parintins, ocorre uma das festas mais tradicionais da região amazônica. Ela celebra a cultura, a miscigenação entre negros, indígenas, brancos e europeus, além das lendas típicas do folclore do estado, os rituais e a tradição religiosa. É um momento único de demonstrar o que os amazonenses têm a oferecer enquanto cidadãos ao Brasil. Por se tratar de um espetáculo de grandes dimensões, atrai turistas em busca de pacotes de viagem e passagens aéreas para a região. O festival Folclórico de Parintins foi criado por um grupo ligado à Juventude Alegre Católica (JAC). O objetivo inicial era arrecadar fundos para a construção da catedral de Nossa Senhora do Carmo. Hoje, a festa já é reconhecida internacionalmente pelo espetáculo produzido durante três dias seguidos. O festival tradicionalmente acontece no último fim de semana de junho ー data fixada em 2002 ー, mas a tradição remonta ao século XX. Durante o festival, há uma disputa a céu aberto de duas associações folclóricas: o Boi Caprichoso e o Garantido, com cores azul e vermelho, respectivamente. A rivalidade é grande e reúne espectadores ávidos por uma boa competição, que é realizada no Bumbódromo, um tipo de estádio com o formato de uma cabeça de boi, com capacidade para 35 mil pessoas. Entretanto, os bois só foram convidados a participar da festa em 1966, um ano depois da criação da festa. A apresentação dessas associações folclóricas conta com músicas conhecidas como toadas, acompanhadas por cerca de 400 ritmistas. O Boi Caprichoso e o Garantido entram em cena com uma dança de duas horas e meia, com ordem de entrada na arena alternada em cada dia. As canções incluem letras relacionadas às lendas e mitos da Amazônia, além das melodias também contarem com muitos sons de cantos de pássaros. Enquanto uma das associações folclóricas se apresenta, a outra apenas escuta, sem emitir qualquer demonstração de expressão, como vaias, gritos e palmas. O torcedor também jamais fala o nome do outro boi, se referindo a ele como “contrário”. Mas o ponto alto da noite é reservado para o final, quando há um ritual, com referências aos mitos, lendas e tradições indígenas. Todo espetáculo é entoado pela voz de um apresentador, encarregado de conduzir a festa. O festival é composto por 21 quesitos. São eles: apresentador; levantador de toadas; batucada; ritual; porta-estandarte; amo do boi; sinhazinha da fazenda; rainha do folclore; cunhã poranga; boi bumbá (evolução); toada (letra e música); pajé; tribos indígenas; tuxauas; figuras típicas regionais; alegorias; lenda amazônica; vaqueirada; galera; coreografia, organização do conjunto folclórico. Os três primeiros a serem demonstrados são, obrigatoriamente, apresentador, levantador de toadas e marujada, e o último é encenação. Os outros quesitos não possuem ordem pré-determinada. Neste ano, a festa será exibida pela TV A Crítica, do Sistema Brasileiro de Televisão (SBT) e também pela TV Cultura.
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