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Queimadas no Brasil atingem índices alarmantes
É o maior índice desde 2013, quando começaram a ser divulgados dados em relação a este período do ano. Por Alice Bachiega, Conversion terça-feira, 10 de setembro de 2019
É o maior índice desde 2013, quando começaram a ser divulgados dados em relação a este período do ano O Brasil está em meio a uma crise internacional com os recentes dados divulgados sobre queimadas no país, rebatidos e questionados pelo governo de Jair Bolsonaro (PSL). Os números, contudo, chamaram a atenção de chefes de estado, artistas, ambientalistas e até mesmo do setor do agronegócio. De acordo com o mais recente levantamento do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), entre janeiro e 21 de agosto de 2019, o número de focos de incêndio florestal aumentou 84% no país em relação ao mesmo período de 2018. É o maior índice desde 2013, quando começaram a ser divulgados dados em relação a este período do ano. Se, no ano passado, foram registrados 40.136 focos de queimadas no Brasil, neste ano o número aumentou para 74.155. Os estados mais afetados são Mato Grosso (13.999 focos de queimadas), Amazonas (7.150), Tocantins (5.776), Rondônia (5.604) e Maranhão (4.795). Entre os efeitos das queimadas estão destruição da fauna e flora local, empobrecimento do solo, redução na penetração de água no subsolo e, em alguns casos, mortes, acidentes e perda de propriedades, de acordo com o Inpe. Em âmbito regional, pode colaborar para a poluição da atmosfera e destruição do ecossistema. Embora as queimadas sejam provocadas em boa medida pela ação humana, há outros fatores que colaboram para os focos de incêndio florestal: o clima seco e a falta de chuva, condições ideais para que o fogo se espalhe. De acordo com o Inpe, as queimadas, se controladas, são até parte integrante de alguns ecossistemas. Alguns dados, no entanto, contradizem a hipótese do tempo seco nas regiões. O Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam), por exemplo, descarta a possibilidade de que a estiagem seja o principal fator para os focos de incêndio, já que a umidade na região está mais alta do que nos últimos três anos. As mudanças climáticas têm se tornado um dos principais problemas enfrentados pelo mundo. De acordo com recente relatório da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos EUA, o mês de julho de 2019 foi o mais quente do planeta, desde quando os dados começaram a ser coletados. Nesse cenário, o fator climático não afeta só os centros urbanos, onde os cidadãos se utilizam de artifícios para atenuar a temperatura, como um ar-condicionado cassete -- que auxiliam a higienizar o ar do ambiente. Além disso, as queimadas também alteram os diversos biomas e ecossistemas ao redor do mundo. Foram observados, por exemplo, grandes derretimentos de gelo na Groenlândia e nos polos Ártico e Antártico, de acordo com o relatório.
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