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SESI dá dicas para o cuidado com a saúde mental
A especialista recomenda ter cuidado com o acesso a informação. Por FIEAM, segunda-feira, 30 de março de 2020
Diante das mudanças impostas pela pandemia do coronavírus, cuidar da saúde mental tem sido um verdadeiro desafio. As incertezas do futuro, os riscos de contaminação, desemprego e necessidade de distanciamento social podem agravar ou até causar novos adoecimentos físicos e emocionais, de acordo com a psicóloga do SESI, Suene Santos, que recomenda, como principal mudança a ser adotada pela população em casa, estabelecer uma nova rotina, com horários para dormir, acordar, realizar tarefas e trabalhar. “É preciso ter consciência que não estamos de férias”, orientou Santos, ao explicar que é normal na situação extrema da crise atual desencadear nas pessoas angústias, medos, tensão, estresse e pressão psicológica. O problema está em como lidar com isso. “É possível ressignificar e ter um olhar positivo sobre tudo o que estamos vivendo. Use o isolamento para se autoavaliar e se reinventar, por exemplo. Este é um momento de reconectar também laços que estavam sendo perdidos nas famílias, criar sua própria rede de apoio”, disse ela. A especialista recomenda ainda que um dos principais cuidados para manter a saúde emocional e mental nesse período é ter cuidado com o acesso a informação. Com diversidade de fontes e meios de divulgação, Santos ressalta que o ideal é se informar por fontes confiáveis e ter cuidado com as famosas Fake News. “Não devemos deixar de ler e assistir às notícias, muito pelo contrário, trabalhar com fatos pode proporcionar a diminuição do medo e da ansiedade, porém é imprescindível se munir de informações verídicas para não causar medo e pânico por alguma notícia falsa”. A psicóloga aconselha que se tire um momento do dia para buscar informações, como parte do processo. A prática de atividades físicas, exercícios de meditação e respiração, leitura, assistir a filmes, tarefas domésticas, além dos cuidados com a espiritualidade, também são bons aliados para conter momentos de ociosidade e ansiedade. “É necessário o foco em atividades que nos proporcionem bem-estar, isso é o essencial”, disse. Por outro lado, a especialista conta que é comum as pessoas recorrerem também ao uso de cigarros e álcool para lidar com o estresse e a ansiedade, que podem ser desencadeados ao longo da inatividade e do isolamento. Sobre o assunto deixa o alerta: “evite outros problemas além da dependência. Foque em estratégias que ajudem a atenuar isso e gerar sensação de bem-estar. Esse bem-estar tão falado está diretamente ligado ao controle da mente e das emoções”. Cuidados com idosos e crianças O isolamento em casa pode trazer a sensação de abandono, impotência e dependência nos idosos que são classificados como grupo de risco ao coronavírus. É importante, segundo Santos, aplicar a mudança de postura com a 3ª idade, criando uma rotina organizada dia após dia, fazendo uso de recursos, como lembretes para driblar o esquecimento. “É preciso ter calma e ser solidário com os mais velhos, oferecendo, dentro do possível e de forma segura, uma maneira de auxiliá-los nas atividades mais comuns dentro de casa, além de ajudar em compras ou serviços na farmácia”, frisou a especialista, ao lembrar também dos cuidados necessários para o isolamento com crianças. Para quem tem essa faixa etária em casa, a psicóloga explica que é preciso ajuda-las a expressar seus medos e ansiedades de forma positiva. “Cada criança tem uma forma de fazer e se expressar. Podemos buscar alternativas como atividades criativas, jogos, desenhos e filmes. As crianças se sentem melhor quando entendem a situação e podem falar o que sentem quando estão em uma rede de apoio familiar”.
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