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Mais de 1400 famílias são contempladas com ambulanchas
Iniciativa teve o apoio da Embaixada da França e foi executada pela FAS. Por Fundação Amazonas Sustentável, quarta-feira, 11 de novembro de 2020
Iniciativa teve o apoio da Embaixada da França e foi executada pela FAS para levar serviços de saúde de qualidade às comunidades ribeirinhas. Nas cidades, as ambulâncias fazem parte da rotina no trânsito. Entretanto, para quem vive às margens de um rio e utiliza a extensão das águas como vias de transporte, as chamadas “ambulanchas” protagonizam o deslocamento de pacientes. Na pandemia, essa embarcação e outros tipos de auxílio na saúde têm sido essenciais para as comunidades ribeirinhas no Amazonas. Por isso, a Fundação Amazonas Sustentável (FAS), em parceria com a Embaixada da França, realizou a entrega de cinco ambulanchas, 11 canoas, kits de itens médicos e 2500 litros de combustível, que beneficiarão 1400 famílias de 42 comunidades da Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) do Rio Negro, RDS Puranga Conquista e Área de Proteção Ambiental (APA) do Rio Negro. A equipe da FAS também aproveitou a ação para realizar o cadastramento e o recadastramento de famílias beneficiárias do programa Bolsa Floresta, um sistema de pagamento por serviços ambientais que concede R$ 50 por mês para cada família ribeirinha.
Corrida contra o tempo
Para Daniel Araújo, presidente do Fórum Permanente em Defesa das Comunidades Ribeirinhas (FOPEC), as ambulanchas chegam em boa hora, visto que a questão da saúde nas comunidades ribeirinhas é um retrato da realidade local. “Quando precisamos deslocar um paciente, a gente une forças, mobiliza a comunidade inteira para tentar um ‘bote’ rápido, busca a gasolina de um e de outro e coopera entre si para operacionalizar o transporte. Isso muitas vezes sem sinal de celular”. Em relação aos kits de saúde — que continham medidor de pressão, termômetro digital, luvas e outros itens —, é a primeira vez que Ivanilde recebe esse tipo de auxílio. “Eu já tive que comprar termômetro e outros aparelhos por conta própria várias vezes e teve momento em que eu precisava prestar socorro e não tinha nenhum aparelho. Então tudo isso já é uma ajuda muito grande, uma melhora para o meu trabalho.”
Critérios O custo elevado das ambulanchas — em torno de R$ 50 mil reais cada — é um dos motivos para que houvesse uma orientação em cada comunidade no sentido de cuidar do novo patrimônio. Segundo Adamilton, “as ambulanchas são ferramentas que vão auxiliar muito os serviços de saúde, mas cada comunidade precisa se conscientizar que é um bem coletivo e zelar por ele, porque se a gente voltar e ver que houve mal uso ou descaso, vamos ter que remanejar a lancha para outra comunidade”.
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