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Projeto cultural Angelim Vermelho retrata em cena o clamor pela preservação da floresta
Inspirado na maior árvore da floresta Amazônica, estreia no dia 4 de maio. Por Mônica Figueiredo, sexta-feira, 30 de abril de 2021
Inspirado na maior árvore da floresta Amazônica, estreia no dia 4 de maio, o projeto cultural “Angelim Vermelho”, trazendo para o protagonismo da cena um grito de socorro pela preservação da floresta. Realizado pela multiartista Francis Baiardi, “Angelim Vermelho”, uma árvore que o fogo não alcança, nasce com a proposta de ecoar o clamor da mãe terra pela sua resistência, em meio às violações, invasões e destruição do meio ambiente. Integram as atividades do projeto oficinas, um documentário e uma temporada do espetáculo de dança solo homônimo ao projeto. “Angelim Vermelho” traz uma relevante contribuição cultural dos povos indígenas na sua concepção, além de nomes como o da cantora Lucinha Cabral que assina a composição musical juntamente com Fidélis Baniwa e Rose Baré. “Angelim Vermelho” é uma obra sobre o corpo que é atravessado por diferentes vozes que ecoam de maneira pulsante. Uma fala inquieta das questões urgentes e sensíveis que representam o verdadeiro sentido da palavra humanidade. A programação inicia na terça-feira, 4/5, com a palestra “Saberes da Floresta”, ministrada pelo ancião Justino Tukano. Nos dias 5 e 6/5, acontece a oficina “Corpo e Movimento na Cultura Baniwa”, com Fidélis Baniwa. Ainda dentro da programação, no dia 6/5, será exibido o documentário “Mãe Terra”, que conta com roteiro de Pedro Tukano e vídeo de Rosana Baré, e o vídeodança “Angelim Vermelho”. Já no dia 7/5, estreia o espetáculo de dança solo “Angelim Vermelho”, que ganha uma temporada de apresentações nos dias 8, 9, 14 e 15/5. “Este projeto é um mergulho de um passado que aqui ficou, bem como o presente dos sobreviventes que se transfiguram e vivem como mata, som, paisagem, pedra e ar. São vidas pulsantes, porém, cruzadas pelos corpos que se transformaram em cinzas, lamas e valas. É a vida em forma de arte, permitindo-se (re)existir e continuar sentindo o ar”, afirmou Francis Baiardi. Além da contribuição dos povos indígenas, “Angelim Vermelho” evidencia também o papel da mulher, com protagonismo em diferentes frentes do projeto, desde sua concepção até sua execução. ”Fico muito feliz por estar contribuindo com minha sabedoria neste trabalho. É uma forma de mostrarmos a todos que devemos preservar nossa natureza e mostrar o quanto choramos quando ela é destruída. É muito satisfatório estar participando e ajudando nesse momento onde apresentaremos nossa mata, a Amazônia”, destacou a tuxaua Pyan, da comunidade Sahu-Apé. Sobre a obra A concepção, direção e interpretação de “Angelim Vermelho” é de Francis Baiardi. O projeto conta com provocação da bailarina, coreógrafa, professora e diretora de espetáculos, Dudude e orientação indígena de Tuxaua Pyan, do povo sateré-mawé. Para a preparação do corpo, a artista conta com o trabalho de Clênio Magalhães, Fidélis Baniwa e Rose Rosa, sob o olhar observador de Cléia Alves. As composições de Lucinha Cabral, Fidélis e Rosana Baré, têm direção musical de Paulo Pereira, que também é o músico da obra juntamente com Samantha Espatlha. Integram ainda o projeto: Karla K (instrumentista), José Batista (Cenografia), Cybele Bentes (Figurino), Rômulo Getrio (Registro), Marina Mayuruna (apresentadora), Rosana Brito (produção) e Magno Fresil (assistente de produção). Na apresentação da videodança, além de Francis na interpretação, Rosana Baré está responsável pelo registro e Oswaldo Rosa.
Programação - Angelim Vermelho
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