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Projeto instala sistema de energia solar em residências de comunidades ribeirinhas
A iniciativa servirá como base para o desenvolvimento de um modelo de negócios. Por UP Comunicação Inteligente, quinta-feira, 17 de junho de 2021
A iniciativa servirá como base para o desenvolvimento de um modelo de negócios para soluções energéticas sustentáveis e inovadoras
O primeiro local a receber o sistema foi a comunidade Santa Helena do Inglês, localizada na Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) do Rio Negro, no município de Iranduba (distante mais de 40 km da capital amazonense). O sistema foi instalado em todas as residências e propriedades privadas, assim como nas unidades consumidoras de uso coletivo, como igreja, centro comunitário, escola, iluminação pública, entre outros. A ação beneficiará 32 famílias, aproximadamente 96 pessoas. O objetivo é instalar, até dezembro de 2021, quatro sistemas fotovoltaicos e desenvolver soluções que permitam analisar técnica e economicamente os modelos que servirão para o atendimento das localidades. As demais comunidades que receberão o projeto Sempre Luz são o Núcleo de Educação da comunidade Boa Frente, na RDS do Juma, em Novo Aripuanã; a unidade de beneficiamento de óleos vegetais e açaí da comunidade do Bauana, na RDS de Uacari, em Carauari; e o Polo de Saúde na comunidade indígena Munduruku, em Borba. A supervisora da Coordenação de Gestão do Conhecimento da FAS, Nelise Lima, explica que o acesso à energia solar em comunidades isoladas do Amazonas sempre foi associado a sistemas ineficientes movidos à diesel com um alto custo de funcionamento. “Essa é geralmente uma energia de má qualidade disponível em horários reduzidos e vulnerável ao funcionamento do gerador, que quando falha deixa a comunidade sem qualquer tipo de energia. A viabilidade física e econômica para o fornecimento de energia para estas comunidades através do sistema de linhões é praticamente inviável”, contextualiza. Mesmo nas localidades onde há o programa Luz para Todos, são recorrentes as quedas de energia por causa de árvores que caem em cima da linha, tornando o custo de manutenção ainda mais alto. Para trazer uma solução para a problemática, nasceu o projeto ‘Sempre Luz’. “O projeto da FAS e Unicoba servirá como base para o desenvolvimento de um modelo de negócios para soluções energéticas sustentáveis e inovadoras, que vai atender regiões remotas da Amazônia”, afirma o superintendente geral da FAS, Virgilio Viana. Os sistemas de geração solar com armazenamento de energia usam tecnologias avançadas de bateria de lítio e sistema de monitoramento para aplicação em comunidades remotas. Deste modo, será possível observar e quantificar as vantagens do uso do lítio para sistemas de geração e armazenamento de energia. “As baterias de lítio apresentam vantagens em relação à bateria de chumbo, que são largamente usadas para sistemas solares hoje. O material é menos agressivo, com maior durabilidade, segurança e a tecnologia embarcada permite o monitoramento remoto e a garantia de seu correto funcionamento. O projeto pretende avaliar e documentar esses atributos como forma de validar os benefícios na utilização dessa tecnologia”, finaliza Viana.
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