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Clínica médica é a especialidade mais procurada por médicos no Brasil
De acordo com o estudo, as regiões Norte e Nordeste apresentam médias inferiores à nacional. Por Luiz Affonso Mehl, terça-feira, 31 de agosto de 2021
Clínica médica, pediatria, cirurgia geral e ginecologia e obstetrícia são, nesta ordem, as especialidades com maior número de profissionais de medicina no país. Juntas concentram 38% do total de especialistas que atuam no território nacional. A informação integra o estudo Demografia Médica no Brasil 2020, realizado pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) e pela Universidade de São Paulo (USP).
Iniciada em 2010, a publicação chega a sua quinta edição, apresentando dados da população médica brasileira, que atingiu a marca histórica de 500 mil profissionais no momento mais delicado vivido pela saúde: o enfrentamento à pandemia da Covid-19. Com esse total, a média nacional é de 2,38 médicos para cada mil habitantes. “Trata-se do maior quantitativo e da maior densidade já registrados”, afirma o estudo.
De acordo com o estudo, as regiões Norte e Nordeste apresentam médias inferiores à nacional, sendo 1,3 e 1,69 médicos para cada mil habitantes, respectivamente. Os estados do Pará e do Maranhão são os que possuem menor disponibilidade de profissionais.
Principais especialidades
Gênero e idade Apesar de os homens ainda serem maioria entre os profissionais (53,4%), a diferença vem diminuindo a cada ano. A série histórica mostra que, na década de 60,87% dos médicos no país eram homens e apenas 13% mulheres. A partir dos anos 1970, essa disparidade começa a reduzir de forma gradativa. Os percentuais passam, então, para 84,2% e 15,8%. Nos anos 2000, o público masculino representava 64,2% da classe, enquanto o feminino somava 35,8%. Em 2010, os percentuais chegaram a 60,1% e 39,9% A presença feminina é maior nos grupos mais jovens. Entre os médicos com idade até 29 anos, as mulheres são maioria (58,5%). O mesmo ocorre na faixa etária dos 30 aos 34 anos, em que representam 55,3% do total de trabalhadores.
No grupo de médicos entre 35 e 39 anos, a diferença é bem pequena: as mulheres representam 49,7% dessa parcela, ante 50,3% dos homens. Entre os profissionais com 40 anos ou mais, elas perdem participação.
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