O conhecimento sobre a covid-19 evolui com a pandemia, que já soma mais de 17 meses desde o decreto oficial da Organização Mundial de Saúde (OMS). Apesar de o coronavírus causar sintomas brandos na maior parte das pessoas, há uma parcela que encara a versão grave da doença e precisa de intervenções hospitalares. Para essas pessoas, os problemas não acabam quando o vírus some do organismo. Alguns indivíduos que são internados podem sair do hospital com sequelas neurológicas, fraqueza muscular e dores pelo corpo.
“Nos pacientes com quadros mais graves, que precisaram de internação hospitalar, os sintomas mais comuns após a alta, são: fadiga, cansaço, fraqueza, falta de ar (ou respiração curta), comprometimento pulmonar e/ou renal persistente, perda de paladar e olfato (temporária ou duradoura), dores de cabeça, dores e/ou fraqueza musculares, dificuldades de linguagem, raciocínio/concentração e memória, insônia, depressão e ansiedade e agravamento de doenças preexistentes”, destaca fisioterapeuta da Audimed Saúde, Dra Anne Karollyne Lopes.
A doença atinge diversos órgãos, mas sem dúvida, o mais acometido pelo Covid-19, são os pulmões, onde há a dificuldade da realização das trocas gasosas; o que explica a “falta de ar”.
E se teve algo que a pandemia do coronavírus trouxe foi a percepção da importância da fisioterapia. No Brasil, é uma área "nova" da ciência, com o primeiro curso, técnico, criado em 1951. Só em 1969 é que a fisioterapia foi reconhecida como um curso de nível superior.
“A Fisioterapia inicialmente mais voltada para a parte respiratória, durante o período ‘ativo’ da doença, tem o intuito de amenizar os efeitos da evolução da mesma, auxiliando na recuperação da capacidade respiratória e protegendo os pulmões da fadiga e perda de funções”, explica Anne Karollyne
A fisioterapeuta explica que quando os sintomas são leves/moderados, o tratamento consiste em exercícios respiratórios, manobras específicas para expansão pulmonar, liberação de secreções dos pulmões, podendo estar associado a um suporte de baixo fluxo de oxigênio e VNI (ventilação não invasiva); já nos casos mais graves, em que geralmente é submetido à intubação, e necessita de VMI (ventilação mecânica invasiva), é necessário expertise e uma variedade maior de técnicas e aparelhos, associados a suplementações mais intensas de oxigênio, para otimizar as trocas gasosas e o bom funcionamento pulmonar.
A partir de qual momento deve introduzir a fisioterapia?
“Não só no Covid-19, a fisioterapia é sempre uma ótima indicação, pois atua na prevenção, diagnóstico, reabilitação e até cura de algumas doenças, mas quando se pensa em Covid-19, a presença de um profissional é importante desde o primeiro momento do diagnóstico até a recuperação após a alta hospitalar”, destaca Anne Karollyne, da Audimed Saúde.
Quem precisa de fisioterapia no pós-covid-19?
Segundo dados do Ministério da Saúde, cerca de 40% a 50% dos pacientes que tiveram Covid-19 e foram curados, continuam com algum sintoma ou desenvolvem novos problemas ligados à doença. “Quanto maior o comprometimento e período de internação, maiores serão essas sequelas, e consequentemente maior a necessidade de um acompanhamento fisioterapêutico individualizado, abrangendo tanto técnicas motoras quanto respiratórias”.
Quando posso fazer os exercícios sozinho em casa?
Não custa reforçar: os casos mais graves exigem obrigatoriamente um monitoramento profissional. “Não aconselho esses pacientes a se arriscarem a fazer exercícios sozinhos, pois além de precisarem de exercícios globais, que ativem o corpo inteiro, precisam também de monitorização da frequência cardíaca e respiratória, saturação de oxigênio e pressão arterial no momento dos exercícios”.
Tratamento de fisioterapia na Audimed
Na Audimed Saúde, a Fisioterapia atua em comunhão com os demais profissionais da equipe multiprofissional, que está habilitada para o atendimento nos mais diversos níveis de complexidade, com assistência Home Care (no conforto do seu lar).
“O processo se inicia com o paciente ainda hospitalizado, em que o convênio entra em contato conosco, para que seja feita uma avaliação global do paciente, e então seja prestada toda a assistência necessária naquele momento; para que tão logo esse paciente receba a alta hospitalar, a equipe já esteja toda preparada para recebê-lo e iniciar o processo de tratamento; essa assistência é mantida até o momento que o profissional julgue que é possível dar a alta Fisioterapêutica”, destaca a fisioterapeuta.
A Audimed Saúde é uma empresa consolidada no mercado há 11 anos, com uma vasta quantidade de pacientes reabilitados, e não foi diferente com o Covid-19. “Mantemos o nosso padrão de qualidade, mas nos reinventamos também, para lidar com o desconhecido, para que muito além de assistência clínica, pudéssemos levar esperança de dias melhores, e ‘devolver’ o paciente o mais rápido e mais independente possível às suas atividades diárias”.