Abertura do evento será feita pelo empresário Guilherme Leal, um dos fundadores da iniciativa que propõe ações de desenvolvimento sustentável, com justiça social, para as diversas Amazônias
A iniciativa Uma Concertação pela Amazônia lança nesta terça-feira, dia 9 de novembro, às 14h15 (horário de Brasília), na COP 26, a “Agenda pelo Desenvolvimento da Amazônia”, um documento com propostas para o desenvolvimento sustentável da região que contemplam a diversidade e complexidade das paisagens e dos territórios.
Construído com base na ciência e na escuta e diálogos com amazônidas e públicos envolvidos com o bioma, o documento propõe uma abordagem da Amazônia a partir de quatro grandes agrupamentos: áreas conservadas (onde a floresta predomina); áreas em transição, que estão em processo de conversão não consolidada – o chamado “arco do desmatamento"; áreas convertidas (o uso do solo é voltado para agricultura e pecuária); e as cidades.
O documento parte de uma premissa para cada uma das quatro áreas, propondo ações específicas e concretas, além de medidas estruturantes e transversais. Elas buscam, entre outros aspectos, o aumento da qualidade de vida para a população local, a valorização da dimensão cultural-identitária, o estabelecimento da região como grande removedora líquida de emissões de carbono, o reforço dos incentivos a todas as atividades econômicas que valorizem a floresta em pé e o fortalecimento dos princípios democráticos.
Com o texto, a Concertação quer colocar o debate sobre a Amazônia em evidência e levar subsídios para iniciativas de desenvolvimento tanto no cenário internacional (em questões globais como clima e biodiversidade), como no âmbito nacional (no apoio, por exemplo, à formulação de políticas públicas federais e subnacionais).
A ambição de conter o aquecimento global em menos de 1,5 oC começa com a Amazônia. Sem ela, não há como cumprir o Acordo de Paris ou fazer uma transição para um mundo de baixo carbono. O mundo precisa encontrar um novo modelo de desenvolvimento sustentável que leve em conta toda a complexidade de suas florestas, biodiversidade e de populações e povos tradicionais e indígenas. E a Amazônia pode indicar o caminho.
O empresário Guilherme Leal, cofundador da Natura&Co e um dos criadores da Concertação, fará a abertura do evento, que será realizado no Brazil Climate Action Hub, com transmissão ao vivo.
Participam ainda do lançamento Roberto Waack, presidente do Conselho do Instituto Arapyaú e um dos fundadores da Concertação; Renata Piazzon, gerente do Programa de Mudanças Climáticas do Instituto Arapyaú e secretária-executiva da Concertação; Izabella Teixeira, fellow do Instituto Arapyaú e ex-ministra do Meio Ambiente; Ana Toni, diretora-executiva do Instituto Clima e Sociedade (iCS); llona Szabó, presidente do Instituto Igarapé; e Samela Sateré Mawé, articuladora da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB).
O texto, que inclui um resumo executivo, está disponível para download no site da Concertação: concertacaoamazonia.com.br.
Lançamento “Uma Agenda pelo Desenvolvimento da Amazônia”
Organização: Uma Concertação pela Amazônia
Dia 9 de novembro, às 14h15 no horário de Brasília; 17h15 no horário de Glasgow
Local: Brazil Climate Action Hub.
Transmissão ao vivo: auditoriobrazilclimatehub.nerdetcetera.com/
Abertura:
Guilherme Leal | cofundador da iniciativa Uma Concertação pela Amazônia
Speakers:
Roberto Waack | Presidente do Conselho do Instituto Arapyaú
Renata Piazzon | Gerente do Programa de Mudanças Climáticas do Instituto Arapyaú e secretária-executiva da iniciativa Uma Concertação pela Amazônia
Izabella Teixeira | Fellow Instituto Arapyaú
Ana Toni | Diretora Executiva Instituto Clima e Sociedade
Ilona Szabó | Presidente Instituto Igarapé
Samela Sateré-Mawé | Articuladora da APIB
Sobre a iniciativa Uma Concertação pela Amazônia
É uma rede de pessoas, entidades e empresas formada para buscar soluções para a conservação e o desenvolvimento sustentável da Amazônia. Hoje, reúne mais de 400 lideranças engajadas em criar um espaço democrático onde as dezenas de iniciativas em defesa da Amazônia se encontrem, dialoguem, aumentem o impacto de suas ações e gerem novas ações em prol da floresta e das populações que vivem na região.