Devido a pandemia, o espetáculo solo não pode ser apresentado no Teatro Amazonas e foi transmitido pelo You Tube, no ano passado. Sisma é uma apresentação de circo contemporâneo.
A artista manauara Lis Nobre protagoniza as apresentações de Sisma nos dias 25, 26, 27 e 28 deste mês, no Teatro Youca, localizado na cidade de Chania, a segunda maior cidade da ilha de Creta, na Grécia.
O espetáculo reúne circografias múltiplas e abertas e utiliza recursos como objetos naturais, rochas e areia, e aparelhos circenses. Com 50 minutos de duração, Sisma mistura uma linguagem visual e sonora com textos assinados pela dramaturga Juliana Patilla.
O diretor é o greco Xristo Kaouki, que tem larga experiência na criação de apresentações artísticas que envolvem linguagens como a dança, o circo e intervenção performática.
“O que posso dizer sobre meu trabalho é que uso objetos, os quais eu chamo de cenografia dinâmica porque acredito que nossos corpos narram histórias, quando interagem com elementos e isso cria a cenografia dinâmica”, comentou Xristo.
Apoio cultural
Para essa temporada, o espetáculo foi contemplado com apoio cultural do Ministério da Cultura da Grécia, por meio do departamento de dança, visto que Sisma é multidisciplinar, assim como o circo contemporâneo, e reúne as categorias dança, teatro e instalações.
O aporte viabilizou as apresentações em Chania. Contudo, a criação e execução de Sisma foi possível devido a premiação que a manauara, Lis Nobre, conseguiu na categoria Circo Contemporâneo, do Prêmio Feliciano Lana, promovido pela Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Amazonas. Por isso, Lis fez questão de manter a logomarca do governo do Amazonas no material de divulgação de Sisma na Grécia.
Sisma deveria ter sido apresentado no Teatro Amazonas em 2021, mas teve que ser adaptado para formato híbrido, devido ao prazo de realização estar dentro de períodos críticos da pandemia de Covid 19.
“Eu gostaria muito de levar este espetáculo ao Teatro Amazonas. Acho que o público de Manaus merece essa oportunidade de ver o Sisma presencialmente. Eu como amazonense que vive em trânsito entre esses continentes - pois sempre faço questão de estar em Manaus e me reconectar com a cena cultural e artística da minha cidade natal - ficaria muito satisfeita e grata se conseguisse levar o espetáculo para vocês que vivem em Manaus”, revelou a artista.