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Performance e literatura se unem em oficina de Improvisação
Referências literárias servem de base para técnica. Por Jony Clay Borges, segunda-feira, 5 de outubro de 2015
Referências literárias servem de base para técnica em formação a ser mediada por Francisco Rider no Lugar Uma de Artes, de 5 a 9 de outubro
A atividade terá mediação de Francisco Rider, e será realizada no horário das 10h ao meio-dia. A oficina faz parte da agenda da Ocupação Lugar Uma, iniciativa contemplada pelo Prêmio Manaus de Ocupação Artística 2015, da Fundação Municipal de Cultura, Turismo e Eventos (Manauscult). Na oficina, Rider vai pedir aos participantes para levar à atividade fragmentos de obras literárias brasileiras de suas escolhas. “A ideia é fazer que os participantes executem uma improvisação a partir, por exemplo, de um fragmento das obras de Graciliano Ramos ou Guimarães Rosa”, adianta. As improvisações serão realizadas a partir de estruturas e procedimentos sugeridos por Rider. As referências literárias, segundo o mediador, deverão funcionar como provocação para os improvisos cênicos de cada participante. “Cada um fará uma síntese daquele fragmento para usar em sua improvisação, como se fosse um estímulo primordial”, explica Rider. A improvisação é uma das questões em foco na trajetória artística de Rider desde o final dos anos 1990. “Trabalho há mais de 15 anos explorando temas como as abordagens somáticas, a oralidade, as artes visuais, a improvisação, entre outras”, diz. Essas investigações se tornaram também o foco do Projeto Cênica Corporal Uma, que Rider desenvolve desde 2007, numa pesquisa sobre as linguagens da Dança Contemporânea e das Artes Visuais. “Meus trabalhos e oficinas são parte dessa busca, um continuum desse projeto”, define. A oficina “A improvisação como linguagem da arte da performance” é voltada a atores, bailarinos, artistas de rua e demais interessados. As inscrições são gratuitas e devem ser feitas no primeiro dia da atividade, no Lugar Uma de Artes, na avenida Joaquim Nabuco, 1.436, Centro.
Foi performer em “Low” (2002), de Donna Uchizono, espetáculo premiado com The New York Dance and Performance Awards (The Bessies). Colaborou artisticamente com artistas como Célia Gouvêa (SP), Silvia Bittencourt (SP), Tatiana Cobbet (SP) e Patricia Hoffbauer (NY), entre outros. Participou do American Dance Festival (Carolina do Norte-EUA, 1995), com bolsa da Fundação Vitae. E estudou na Escola Movement Research (Nova York, 1996-1998), como bolsista da Fundação Capes. Entre outros, recebeu os prêmios Funarte Klauss Vianna de Circulação (2011 e 2014) e de Montagem (2007, 2008, 2010 e 2014); Rumos Dança 2009/10, do Itaú Cultural; Nascente, de USP-Editora Abril (SP); Movimentos de Dança do Sesc São Paulo (SP, 1993, 1994 e 1995); e Prêmio Manaus de Artes Visuais da Manauscult (AM, 2014).
Performances, oficinas, exposições de arte, mostras de filmes e lançamento de livro são algumas das atividades no calendário da tomada artística, empreendida por iniciativa de Francisco Rider. A ação segue até 21 de dezembro.
Oficina “A improvisação como linguagem da arte da performance”, com Francisco Rider – Ocupação Lugar Uma
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