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Literatura infantojuvenil em oficina no Lugar Uma
Professora e pesquisadora Ecila Mabelini comanda atividade de formação. Por Jony Clay Borges, domingo, 13 de dezembro de 2015
Professora e pesquisadora Ecila Mabelini comanda atividade de formação de 14 a 18 de dezembro, segunda a sexta-feira
As inscrições para a oficina são gratuitas e podem ser feitas no primeiro dia da atividade. O trabalho integra a agenda da Ocupação Lugar Uma, iniciativa do Projeto Cênica Corporal Uma contemplada pelo Prêmio Manaus de Ocupação Artística 2015, da Fundação Municipal de Cultura, Turismo e Eventos (Manauscult). O tema da oficina é “Literatura infantil e juvenil: Relações de interação da criança e do jovem com o universo literário e com o mundo dos sentidos percebidos”. A proposta, segundo Ecila, é explorar obras literárias infantojuvenis e evidenciar sua linguagem diferenciada em relação às obras para adultos. “Algumas obras da literatura infantil e juvenil lidam com uma linguagem carregada de significações, porém transmitidas via percepção, no nível sensível”, destaca a pesquisadora. “A ideia é explorar a sensibilidade que essa literatura traz”. Ecila assinala que as obras em questão não se resumem a textos escritos, mas a textos verbo-visuais – formato mais comum às obras voltadas ao público juvenil no Brasil a partir dos anos 1970, como aponta a especialista. “É uma outra forma de leitura, que passa também pelo sentido”, explica ela. “É uma linguagem que cria uma interação, em que o jovem tem lugar, não é mero espectador. Não é uma literatura doutrinária ou pedagógica, como se fazia antes, mas arte”. Ecila salienta ainda a importância de desfazer a visão de que a literatura para crianças e jovens é mero “entretenimento”. “Ela explora o universo, o mundo e as relações por meio de uma linguagem sensível, delicada, mas também muito potente. Não é uma literatura menor, mas literatura, e literatura que cumpre um papel fundamental na iniciação e conscientização do público infantil e juvenil”, declara.
PALESTRA “A proposta é pensar a questão da linguagem na arte. Notar os diálogos que se travam entre artes como a literatura, o cinema, a dança, e como elas estreitam relações, como articulam sentidos”, explica a pesquisadora, que vai enfocar, entre outras, a ideia da intertextualidade, estendida ao campo das artes em geral. “É algo muito recorrente na arte. Em cada obra há traços de outras obras, rastros, outros sentidos”, aponta. A partir dessas relações, a especialista busca apontar o caráter efetivamente criativo na produção artística. “A intenção é ver como esses diálogos acontecem, como produzem significação, como destituem o sujeito do seu lugar comum”, afirma ela, explicando o que chama de “movência” das artes. “São as linguagens se interligando e desconstruindo os lugares e pensares. Um diálogo em que as artes se articulam e desarticulam o outro”. A oficina e a palestra de Ecila no Lugar Uma são voltadas a estudantes de graduação de cursos de Letras e Artes, pedagogos, professores, escritores, artistas, psicólogos e interessados no universo da literatura infantojuvenil. Os participantes das atividades irão receber declaração de participação e/ou declaração para horas complementares.
Atualmente é Doutoranda no Programa de Estudos Comparados de Literaturas de Língua Portuguesa da Universidade de São Paulo (USP). Atuou como professora em diversas instituições de ensino superior de Manaus, entre elas a Universidade do Estado do Amazonas (UEA), Uninorte Laureate International Universities e Escola Superior Batista do Amazonas (Esbam), onde foi também coordenadora-geral da Pós-graduação Lato Sensu.
Palestra “Artes e diálogos intercódigos: A percepção possível”, com Ecila Mabelini
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